Hospedaria de Imigrantes do Brás – SP
Construída entre os anos de 1886 e 1888, a antiga “Hospedaria de Imigrantes do Brás” foi um dos maiores centros de recepção de estrangeiros já existentes no Brasil. Por suas dependências, passaram mais de dois milhões de pessoas entre os anos de 1887 e 1978.
As informações aqui apresentadas registram a parte mais significativa deste fluxo migratório, sendo a transcrição dos registros dos livros de matrícula desta hospedaria para os anos de 1887 até 1958. Adicionalmente, também há no banco registros da antiga Hospedaria do Bom Retiro (predecessora da Hospedaria do Brás) que cobrem os anos de 1882 até 1886. (Museu do Imigrante SP)
Era 15 de março de 1893 quando o vapor CAFFARO desembarcou no porto de Santos. Trazia entre seus passageiros o primeiro Cioni italiano que desembarcou no estado de São Paulo: LUIGI CIONI. Ele, com 23 anos de idade, veio só.
Logo depois, em 13 de novembro de 1897, à bordo do vapor AGORDAT chegam ao porto de Santos, SILVIO CIONI e sua esposa ALBINA, ambos com 39, e seus três filhos: BRUNITO com 12 anos, GUIDA com 5 anos e PAULINO com 2 anos. Foram trabalhar na Fazenda Jaguary (JAGUARIÚNA/SP) de propriedade de OCTAVIANO D”AMARAL.
No ano seguinte, no dia 18 de abril de 1898, à bordo do vapor SIRIO chegam VINCENZO CIONI e sua esposa ADELAIDE. Ele com 63 e ela com 54 anos. Com eles vieram seus filhos FELICE de 20 anos e EMILIA de 18 anos. Foram para Araraquara, na fazenda do DR. FIRMINO PINTO
Em 17 de abril de 1900 à bordo do navio WASHINGTON chegam ao Brasil ANGELINA CIONI com 15 anos e sua irmã SANTA com 9 anos. Foram para a cidade de Ribeirão Bonito na fazenda de JOSÉ PADULA.
À bordo do navio RÈ UMBERTO, chega em 21 de abril de 1901 a família de GIACOMO CIONI e VENUSTA COMELLINI, ele com 45 anos de idade e ela com 36. Moravam no comune de Castel di Casio antes de imigrar para o Brasil. Foram trabalhar na cidade de Araraquara na fazenda de propriedade do DR. THEODORO CARVALHO. Trouxeram os filhos ANGELO com 14 anos, GIUSEPPE com 12 anos, AUGUSTO com 10 anos, LUIGI com 8 anos, ALBERTO com 7, PIETRO com 4 anos, ELISEO com 3 e MARIA com 1 ano de idade. Além da familia, GIUSEPE trouxe THEODORO TESTONI de 34 anos e LUCIANO MONACHINI de 20 de idade. Ambos moravam com a familia de GIACOMO desde pequenos.
ANGELO CIONI com 37 anos e sua esposa GIULIA de 27 também chegaram no mesmo vapor que GIACOMO CIONI e também foram para Araraquara trabalhar na fazenda do DR. THEODORO CARVALHO.
FELICE CIONI volta à Italia e em 29 de novembro de 1905, já com 27 anos desembarca novamente no Brasil trazido pelo vapor ITALIE. Dessa vez, já casado com ADA de 25 anos, traz sua mãe ADELAIDE com 62 anos, seu irmão EMILIO com 26 anos e seu sobrinho RAFFAELO FAGGI com 33 anos seguem rumo à fazenda ITAGUASSÚ, na região de São Carlos.
Em 25 de abril de 1910 chega à bordo do vapor RAVENNA, FELICE CIONI com 32 e sua esposa ADA INNOCENTE de 34 anos com seus filhos NEGO de 3 anos e MILENA com 1 ano de idade. Moraram um ano em Firenze antes de virem para o Brasil. Foram para a cidade de Matão trabalhar na fazenda de FERMINO BELINTAME.
E por fim, em 25 de Novembro de 1911, à bordo do vapor CAVOUR, chega na cidade de Santos a familia de PRIMITIVO CIONI com 36 anos e MARIA CONCETTA com 31 anos. Moravam no comune de Sesto, provincia de Bolzano. Junto com eles vieram os filhos GINO com 7 anos, GINA com 4 anos, DORA com 2 anos e EVA com um ano de idade. Veio também a mãe de Primitivo, ADELAIDE CRESCI com 68 anos de idade.Foram para Ribeirão Preto trabalhar na fazenda de JANUARIO MALSANI & IRMÃO.
No ano de 1908 chega ao Brasil no porto de santos a Familia Italiana Recchi – Vapor Ré Umberto
Luigi Recchi 25 anos, Silvia Moretto 25 anos casados e em compania de seu filho Giovanni Recchi 12 anos e o cunhado de Luigi, Tulio Moretto